segunda-feira, 1 de setembro de 2008

Ju Rigoni


.
Sou apenas uma mulher, mãe e avó que escreve. Num impulso. Quando acontece (não é sempre...) é tudo muito rápido. Um raio! Como diz um amigo: "...me dá um dois minutos...". E, se um telefone tocar, alguém me chamar, uma porta bater,... meu impulso vai para o lixo. Como escritora, eu diria que passei os quase sessenta anos desta minha vida errando em busca de acertos. Há quem ame e quem odeie – feliz infelicidade...
.
.
Blog:
Fundo de Mim.
.
.
Del.icio.usTechnoratiDiggSimpy

2 comentários:

  1. Ju Rigoni é ‘escritora’ – com o máximo sentido que a palavra contenha. Prosa, verso, conto e crônica, tudo se amplia em suas mãos. Difícil é começar a ler seus textos e conseguir parar: seja porque são envolventes; seja porque há um intenso domínio do idioma, em que se pode perceber não apenas a elevada técnica, mas, acima de tudo, a sensibilidade adquirida na vivência, revelada por meio da linguagem coloquial-regional majestosamente trabalhada. Encanta-me, especialmente, a riqueza dos detalhes: cada palavra, cada vírgula, cada reticência,... é ferramenta precípua para que o leitor possa viver o texto em sua plenitude. Parece uma pintura – e talvez até seja mesmo; afinal, Ju Rigoni também é artista plástica (embora ela jure que não!).

    ResponderExcluir
  2. Muito lindo, André, o que vc escreveu sobre minha mãe. Como filha-coruja eu amei. Não sei escrever como vcs, mas tb quero dizer umas coisinhas sobre dona Ju Rigoni.
    Mamãe é uma pessoa extremamente generosa, sensível e franca, e quase todo mundo que gosta dela, gosta pelos mesmos motivos que outras pessoas não gostam. Ela é rápida no gatilho. Diz o que tem que dizer e pt saudações. As pessoas não entendem que isso faz dela uma pessoa única, porque só pessoas que agem movidas por uma franqueza incontida conseguem ser tão transparentes.
    O que ninguém sabe é que ela escreveu a vida inteira para garantir nosso sustento, e somente há quatro anos um empurrãozinho do destino levou a mãe a repensar e publicar em blogs o que escreveu a vida inteira para si mesma, e que estava guardado para os cupins porque, segundo ela, "não eram bons". Não é porque é minha mãe não mas, imagina só... não eram bons...
    Isso tá muito grande, então vou encerrar dizendo que minha mãe é tudo de bom. Só em uma coisa eu e minha filha não concordamos com ela: o cigarro. Mãe, tá mais do que na hora de parar de fumar, tá? Bjo, bjo, bjo

    André, um beijo no seu coração. A mãe deve ter amado o que vc escreveu, mas quando se trata dela mesma, fica toda constrangida.
    E eu não posso ir embora sem dizer que o seu comentário me lembrou um ditado antigo que diz mais ou menos assim: É o rôto falando do esfarrapado...

    ResponderExcluir