segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

Edi Longo


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Quem sou? O que sou? Um pouquinho de tudo, pois sou gente. Amo de verdade. Coisas e pessoas que me magoem torno transparentes, evitando-as. O sentimento de ódio pra mim é sinônimo de azias estomacais e, por conseguinte, mau-humor. Tenho uma família que idolatro. Um montão de amigos. Uma cadelinha. Uma paixão: escrever,... escrever,... escrever..., seja simples trovinha ou até mesmo um texto teatral. Uma frustração: ainda não ter netos. Um tesão: atuar! Pra mim, o palco é como se fosse a minha sala de visitas. Piso-o como se bailasse eternamente uma música feita por querubins, ou talvez, por Chaplin, meu ídolo maior. Sou isso: gente... com pretensão, quiçá, de virar uma descansada alma em um lugar qualquer, mas poeta. Tô nem aí se não fizerem aquele comentário babaca: “- Coitada, era tão boa!”. Danem-se! Fui e sou o que sou. Nada mais. A única coisa que não tolero é a morte. Oh coisinha mais sem futuro, pô!
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Um comentário:

  1. Edi Longo é a própria arte. E entre as tantas nuances, reveladas por meio das muitas artes que domina, a poesia é só uma faceta – ora mulher, ora menina – da alma que corre afoita entre as rimas que escreve, enquanto grita e pinta-o-sete. Nada escapa à sua visão ferina. E não se iluda se acaso esses disfarces de Chaplin ou herói ‘brechtiniano’ parecerem algo ingênuo. Ledo engano! A poesia de Edi Longo mete o dedo na ferida; e assim como louva a vida, tal Dionísio em pleno carnaval, ela também está atenta e brada feroz contra qualquer mal que nos assola. Teatral, às vezes é preciso ler Edi em um só fôlego, de modo a captar todo sentimento de angústia ou a risada irônica que, fugindo da garganta, transformara-se em letras... para esvoaçar em versos.

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